quarta-feira, abril 29, 2009

A importancia da Arte

A arte é, provavelmente, uma experiência inútil; como a «paixão inútil» em que cristaliza o homem. Mas inútil apenas como tragédia de que a humanidade beneficie; porque a arte é a menos trágica das ocupações, porque isso não envolve uma moral objectiva. Mas se todos os artistas da terra parassem durante umas horas, deixassem de produzir uma ideia, um quadro, uma nota de música, fazia-se um deserto extraordinário. Acreditem que os teares paravam, também, e as fábricas; as gares ficavam estranhamente vazias, as mulheres emudeciam. A arte é, no entanto, uma coisa explosiva. Houve, e há decerto em qualquer lugar da terra, pessoas que se dedicam à experiência inútil que é a arte, pessoas como Virgílio, por exemplo, e que sabem que o seu silêncio pode ser mortal. Se os poetas se calassem subitamente e só ficasse no ar o ruído dos motores, porque até o vento se calava no fundo dos vales, penso que até as guerras se iam extinguindo, sem derrota e sem vitória, com a mansidão das coisas estéreis. O laço da ficção, que gera a expectativa, é mais forte do que todas as realidades acumuláveis. Se ele se quebra, o equilíbrio entre os seres sofre grave prejuízo.


Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'

terça-feira, abril 21, 2009

Sobre estar sozinho


"Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.


O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.


A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.


Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.


A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.


Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.


Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.


O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.


A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.


Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.



Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.


Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.


Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não à partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.


O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação,há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo..."

Flavio Gikovate



Texto que gostei muito de ler no Blog da "Dama das Cinzas", e que não poderia deixar de o postar, porque é o momento para tal, porque preciso de o ler mais uma vez, porque sei que alguns de vós vão gostar ta,bém de o ler, porque sim.

quinta-feira, abril 16, 2009

consumo impróprio

Tenho que trabalhar, planear, organizar, desenvolver, produzir e estudar e ler uma resma de revistas importantíssimas para o meu cérebro saber que existe vida lá fora... e só penso que tenho que tirar este maldito verniz vermelho com que inventei de pintar as unhas, dos pés(!)..., mas porque raio as mulheres são tão complicadas, porque raio eu adoro o meu cabelo comprido, e sempre que ele fica lindo e maravilhosamente cumprido o corto, sempre... sim, porque acabo de parar para fazer um chocolate quente, e depois para o saborear melhor, vim sentar-me aqui cheia de vontade de escrever alguma coisa de util, e só me apetece dançar, bem ao menos já me passou a panca da falta de cor com que andei, sim, sempre tive esta capacidade para descobrir antídotos contra maus estares, maus olhados e demais voodoos que nos vão acontecendo neste percurso... sim, continuo com vontade de dançar, e a duvida existencial de hoje é, pinto as unhas de pérola ou de rosinha... não me interessa, ganda XôXo que te dava!

terça-feira, abril 14, 2009

dancing in the moonlight


We get it on most every night



When that moon is big and bright



It's a supernatural delight



Everybody's dancing in the moonlight



Everybody here is out of sight



They don't bark and they don't fight



They keep things loose they keep it tight



Everybody's dancing in the moonlight

(CHORUS!)



Dancing in the moonlight



Everybody's feeling warm and bright



It's such a fine and natural sight



Everybody's dancing in the moonlight



We like our fun and we never fight



You can't dance and stay uptight



It's a supernatural delight



Everybody's dancing in the moonlight

(CHORUS!)



We get it on most every night



And when that moon is big and bright



It's a supernatural delight



Everybody's dancing in the moonlight

(AGAIN!!!)
:))

"A musica de hoje, é dedicada em especial,
a todas as pessoas espectaculares e amigas que tenho conhecido por aqui...
a todas as que adoram uma musica boa,
a todas as que gostam de dançar,
a todas as que mantêm viva a criança que há para sempre em nós,
a todas aquelas que gostam de se dar ao luar e cantar!"

sábado, abril 11, 2009

DingDong Senhor,

Se faz favor quero 1 kg de paz
e 10 pedacinhos de amor,
já agora agradeço um céu limpo para amanhã,
e ainda uma resma de sorrisos,
sim sim claro,
em pacote reciclado!




quarta-feira, abril 08, 2009

holééééé


A cada bela impressão que causamos,
conquistamos um inimigo.
Para ser popular é
indispensável ser medíocre.
Oscar Wilde
(no seu melhor)


E isto tudo dito cheio de vontade de me partir a rir,

sim,

ás vezes parto-me a rir das coisas mais insignificantes,

e,

normalmente quando me parto demoro para me

"ajuntar"

de novo.

E para ti que me lês e que me aturas a panca

obrigada,

por me aturares mais esta,

porque hoje não estou para mais que isto,
e isto não tem lógica nenhuma.


Beijo descaradamente sonoro na testa.

e a musica de hoje é:
Daddy Cool by Boney M
(disponível aqui no radiozinho azulinho de ladinho direito do ecran)