terça-feira, abril 21, 2009

Sobre estar sozinho


"Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.


O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.


A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.


Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.


A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.


Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.


Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.


O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.


A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.


Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.



Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.


Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.


Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não à partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.


O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação,há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo..."

Flavio Gikovate



Texto que gostei muito de ler no Blog da "Dama das Cinzas", e que não poderia deixar de o postar, porque é o momento para tal, porque preciso de o ler mais uma vez, porque sei que alguns de vós vão gostar ta,bém de o ler, porque sim.

32 comentários:

Su. disse...

Para quem ainda não conhece o Blog da Dama da Cinzas, aqui fica o endereço:

WWW.confissoes-femininas.blogspot.com

Bjo DC!
:)

Yussef disse...

Certamente que é um excelente texto.
Muito convidativo à reflexão.
Tanto assim que desde que o li no blogue da Dama eu tenho refletido sobre ele.
E hoje posso dizer que não sei se concordo amplamente com ele.
Eu sempre considero que um mergulho em nós deve ser um ato solitário e de tentativa de aprender e apreender.
Mas não consigo passar ao largo de considerar as enormes forças sociais que envolvem e/ou são introjetadas na pessoa.
E isso tem seu peso no mosaico do amor diante da vida e diante de si próprio.

Um abraço grande.

clic disse...

Também gostei muito de o ler - porque sim! :)

Diogo Rugeiro disse...

Posso somente dizer, que não me parece que a união de dois interios... nos modos em qu está a acontecer, seja o mais "ideal".... -.-"

E a defesa dessa prespectiva... Não me parece estar ausente de falhas criticas!

1º uma boa vivencia sozinho não é igual a uma boa preparação afetiva...

2º É congruente com a "apatia social" que se têm sentido desde a revolução industrial e as grandes metropoles!

3º Consequencias, dessa mesma prespectivas levadas a extremos.. pk sim, eles existem.. e muita gente cai neles (ou não chegou ainda palavra dos novos padrões sexuais de uma sociadade "individualista"?... pk ker keiram ker não... a grande maioria das pessoas não sabe estar assim... a maioria das pessoas, ta desesperada em muitos sentidos! e muitos fecham-se no seu proprio mundinho virtual... é um substituto rasco! As pessoas parecem já não se saber comportar..........)

Bem... fiquemos por aqui... pois, minha explicações nunca seriam totalmente elucidativas..

Vera disse...

Li cada palavra com a atenção e o conhecimento de causa que suponho entenderes. Vou guardá-lo e divulgá-lo a quem não entende a individualidade e necessita de sentir que comanda!
Bjs para o Sul sonhado :)

Diogo Rugeiro disse...

Quanto mais stressante for o seu ambiente, maior a tendência para a atitude ireflectida do homem...

Patti disse...

... e porque é a tua cara!

Gostei imenso, muito verdadeiro, sobretudo.

Diogo Rugeiro disse...

Já agora Patti... explica la essa "porque é a tua cara"... a serio que gostaria de preceber...

Diogo Rugeiro disse...

... Bem, mas vou adientando parlapie... 1º não me parece que tenhas marido ou namorado... e dai te identificares com a autencidade do "texto" ...
Foi-te de certo modo reconfortante ver o texto, retratando essa "individualidade" de forma quase positiva... um sentido de bem estar.. grupo/enquadraçao... afinal não és a unica...

E se tiver errado... não posso acertar sempre...

Eu sei que vou te amar disse...

Excelente post!
Aprender a estar sozinha, a gostar da nossa companhia...para depois amar plenamente!
Um beijo doce

By Me disse...

EU LI ESTE ARTIGO E QUIS DEIXÁ-LO CÁ ,PENSO QUE É PERTINENTE E FAZ PENSAR ...É TAMBÉM UMA FORMA DE CONFRONTAR...

"AS MULHERES ESTÃO CADA VEZ MAIS SOZINHAS,É VERDADE,MAS ESTÃO LONGE DE SER SOLITÁRIAS,INFELIZES OU INDESEJADAS.PREFEREM TER O SEU ESPAÇO,AS COISAS À SUA MANEIRA,SEM CHATICES E SEM NINGUÉM A PERTURBAR-LHES O EQUILÍBRIO QUE ENCONTRAM NA SOLIDÃO.NÃO CASAM. HABITUALMENTE TÊM UM NAMORADO OU,SIMPLESMENTE ,PASSAM A VIDA , DE FLIRT EM FLIRT,ESTABELECENDO ,ELAS MESMAS , AS REGRAS DO JOGO.
ESTE ESTILO DE VIDA JÁ É CONHECIDO NA EUROPA POR "SOLTEIRA,RICA E FELIZ".
SÃO MULHERES BEM SUCEDIDAS,QUE COMPRAM ROUPA DE MARCA ,DIVERTEM-SE COM OS AMIGOS,NAO CASAM E VALORIZAM A VIDA PROFISSIONAL"

RESTA SABER SE SÃO MESMO FELIZES?!

Cris Medeiros disse...

Esse texto é muito bom, é um daqueles que gostaríamos de ter escrito...

Obrigada pela referência!

Beijocas

Diogo Rugeiro disse...

A momento fulcral na tematica "felicidade" é o "futuro"... eu conheço casos assim, e digo o seguinte, quanto mais proximos final da vida, se aproximão, mais sozinhas e .... se sentem....

E mesmo que digam que tão bem assim, não posso senão desconfiar que desejariam algo diferente... porque outro motivo procariam refugio nas coisas mais "rudimentares"...

Para além disso os seres humanos têm aquela tendencia de ser extremamente irritantes em materias de orgulho e etc... portanto dificilmente admitem terem errado... neste caso seria admitir k a suas defesas, istrações, etc... são nada mais que isso... e provavelmente desatar a chorar logo a seguir...

Diogo Rugeiro disse...

E já agora... na tematica das mulheres sozinhas... é só por existirem mais mulheres do que homens...
Já não me lembro das estatisticas muito bem mas... mais homens (ou rapazes) tendem a morrer tanto enquanto bebes como mais tarde durante a adulescencia (acidentes de carro entre outros) e mais homens são presos...depois (peço desculpa kalker erro mas isto é mesmo de cabeça) para alem disso existe uma percentagem de homens homosexuais.. k penso rondarem os 9% (ou então essa a percentagem de mulheres que têm experiencias homosexuais, mas precebem k gostam mais doutra coisa LOL nesse caso o homem poderia dizer-se mais "leal") seja como for existe uma disparidade grande no final das contas todas.. um ratio aproximado de 43% (homens heterosexuas) para 57% (mulheres...)

Na altura em que li estes numeros deu aso a seguinte piada: Cuidado meninas... aparentemente o homem gosta cada vez mais de jogar ao "Jogo do pau"... LOOOL

Diogo Rugeiro disse...

Só como argumento fiz copy paste do seguinte post:

"Hoje aprendi que não é possivel morrer de ciúmes, afinal ainda estou aqui, tolerei o que julguei ser impossível de tolerar. Nunca fui assim, mas contigo é diferente, tenho medo de te perder, só te peço para nao me fazeres sofrer. Dá-me a tua mão, já tens o meu coração. Mais não te posso dar, devia ser suficiente, se tudo isto fosse perfeito, mas não é. Nunca me deixes, já não é o mesmo é verdade, mas é o que temos. Fica só mais uns tempos, só até à próxima Primavera."

Por favor argumentem...

Storm disse...

Nenhuma situação é ideal, fácil e comporta plena felicidade a todos os momentos. É um pouco como a música do António Variações, "estou além": Quero quem quem eu nunca vi, só quero quem nao conheci, estou bem aonde eu nao estou eu só quero ir aonde eu nao vou"...
Se estou bem sozinha? se calhar não a considero a solução ideal mas estou MUITO MUITO melhor do que estava, era completamente dependente em termos afectivos da pessoa que estava comigo, cheguei a um ponto em que me perdi completamente,deixei de ser eu para ser apenas uma sombra dele e quando me apercebi disso, felizmente tomei a decisão de pegar nas rédeas da minha vida e tentar restabelecer a minha individualidade e o meu amor próprio. Talvez o meu casamento tenha acabado por isso, não sei. As coisas não deveriam andar bem mas o meu amor cegava-me, ele cada vez mais metido nele próprio e eu cada vez mais a pedir amor até que... fez-se o click fartei-me de pedir amor. Tive uma relação depois disto que não correu bem (como bem sabes), coisas da vida. vamos aprendendo com a vivência das experiências que temos, boas e más. Neste momento, sinceramente apraz-me muito estar sozinha, sinto alguma falta de contacto físico (como qualquer pessoa deve sentir, seja homem ou mulher) mas estou bem assim. Estou a reconstruir a minha vida e a tentar encontrar alguém que não me sugue as energias mas que as una às minhas...
beijo querida O2

Su. disse...

Senhores e senhoras, amigos e demais pessoas, muito obrigada por todos os comentários, lamentavelmente não tenho tido muito tempo disponível para responder a todos individualmente como costumo fazer, logo volto á rotina!

Vou trabalhar e um Bom trabalho a todos.

:)

Saudosos cumprimentos

clic disse...

Bem que te achei desaparecida... :)

Bom trabalho!

alexia disse...

Olha...não tenho paciencia:)
Demasiado cientifico e eu demasiado...futil:)))
Bla bla bla wiskas saqueta:))), é um anuncio de papinha para gatinhos e que utilizo sempre que se disseca muito um tema em teoria:)
Kiss execravel!

Aprendiz disse...

Conheço este texto há algum tempo. É belo pensar-se nos dois inteiros, embora esteja subsequente a ideia de egoísmo; mesmo em par, primeiro nós, o orgulho no eu.

Acho que aqui, como antes, há o 8 e o 80! Não há modelos, ninguém é igual a outro; é esta nossa singularidade que nos desperta nos outros. Aliás, confesso, numa relação interessa-me muito mais o outro! Eu não me consigo ver claramente, por muito que se diga que se conhece bem o "eu"...

Este é um tema interessante, vou voltar a ele!

Beijos com vontade do sol de Maputo

Su. disse...

Alex, minha adorável maluca, as teorias existem p serem comentadas e o teu comentário é tão valido qt qualquer outro... de resto já me conheces loira, gosto de algumas teorias, nem que seja para me fazerem pensar... pq como sabes n sou de engolir conceitos enlatados... gostei deste, acho na realidade que sintetiza “parte” de muitas das dificuldades das relações de hoje, de resto, para um bom entendedor meia palavra basta, e como te conheço um cadito, já sei que pescaste tudo! Mesmo em fase execrável.
:)
Beijinho com direito a miminho nessa carola.

Ps: sabes o que achei genial, este texto aqui em casa deu discussão seguida de uma boa noite de sexo selvagem, vai dai, acho que o bom mesmo é poder-mos e termos capacidade para saber discutir opiniões... ora aqui está algo que se adequa ao tema do texto.

Su. disse...

Aprendiz, de baixo de um sol de Maputo, aqui vai o meu beijo cheio de graça!
:)

Sim, tb conheço este texto há algum tempo, nada como um bom texto para n deixar de marcar o ponto, e trazer comentários como o teu...

Relativamente a encarar-mos os dois inteiros com uma subsequente ideia de egoísmo, lamento, não concordo contigo.

O facto de termos uma relação com alguém não deve implicar, deixar-mos de ser nós, porque isso acontece muito, consciente ou inconscientemente, em termos gerais o que vejo á minha volta, é as pessoas apaixonarem-se e inconscientemente deixarem aos poucos de fazerem por ex o que gostam, subsequentemente deixarem de ser as pessoas que um dia foram e por quem nos apaixonamos, vice versa...

Nop vou cair em mais exemplos, acho que os deves conhecer, são tantosssss.

Concordo no entanto, que há o 8 e o 80! Não há modelos, ninguém é igual a outro; é esta nossa singularidade que nos desperta nos outros, para mim é fundamental, dai a importância de nos conhecer-mos para sermos felizes e conseguirmos assim fazer os outros felizes.

Confesso, numa relação interessa-me muito o outro, tanto que depois de 6 anos de casada acordei um dia e descobri que aos poucos fui deixando de ser eu... n interessa onde e pq, mas isso gerou em mim uma espécie de mau estar, um mau estar comigo mesma que directa ou indirectamente, inconscientemente comecei a culpar o outro lado pelo meu mau estar... e acho q é disso que o texto fala.

Muitas vezes vemos relações “doentes”, n pq n estejam bem, mas pq cada um dos seus elementos n esta bem em singular...

Se deixas de gostar de ti singularmente, de teres tempo p ti, de te prestares atenção, se deixas de fazer o que gostas, aos poucos vais-te apagando como individuo e tornas-te um futuro infeliz, aquele amor que sentias pela pessoa que te fez esquecer de ti próprio apaga também, é evidente esta lógica, podia continuar a sequencia, mas eu sei que a entendes... conheço muitos casos em que depois de um divorcio elas emagrecem, rejuvenescem, começam a divertir-se, ficam mais soltas mais alegres... e eles de repente até se lembram do pq de um dia terem gostado delas, e isto vise versa para elas! Ah pois! :)

Eu de momento, tento reencontrar-me, pq sinto claramente que me perdi algures de mim, mesmo estando rodeada de uma família bonita... e faço-o acredita, não só por mim mas pelo amor que tenho aos meus, por acreditar q ás vezes temos q parar para pensar.

Este é um tema interessante, li-o mais do que uma vez até perceber que não se trata de uma teoria enlatada, mas de uma ideia como tantas que já tive e gosto de ter, porque gosto de pensar antes de agir, porque ha assuntos que nos tocam a todos directa ou indirectamente...

Uma coisa é certa, a sociedade mudou, essencialmente o que mais mudou foi a atitude da mulher na sociedade, as suas necessidades mudaram, o seu modo de estar mudou, a usa capacidade financeira mudou, e enquanto o homem e a mulher não compreenderem esta evolução de estar, pa há mulheres que n a compreendem tb(!), a coisa vai complicar.

Su. disse...

STORM, por conhecer a tua estoria, adorei o teu comentário, muito pessoal, muito tu, obrigada...

Xi-coração grande.

Su. disse...

DAMA,

Apesar de sermos diferentes, somos tão iguais!

:)

Beijao do outro lado do mundo.

Su. disse...

PN, obrigada pelo teu contributo, acho que tb conheço esse artigo, feliz ou infelizmente é uma realidade.

Acredito sinceramente que muitas delas se sentem sós, mas é como o ditado diz, mais vale só do que mal acompanhada, é uma solidão portanto por opção, diferente.

Há sem duvida, uma necessidade de mudança de atitude, há uma necessidade de um meio termo, pq ás tantas viramos eremitas... e não acho que essa seja a melhor opção, apesar de muitas pessoas o serem felizes assim.

Uma coisa é certa, as mulheres alcançaram a sua independência (a todos os níveis) há muito pouco tempo, e gerir esta “revolução” nem sempre é simples, já vi também mulheres muito extremistas nas suas atitudes... Por outro lado, o que vejo á minha volta é que enquanto a mulher mudou consideravelmente o homem pouco mudou na sua atitude, não há ainda uma compreensão e aceitação no geral para esta mudança, não há ainda na maior parte das relações um equilíbrio saudável.

Dai o ex ministro da saúde italiano, ter feito uma pesquisa em que os números indicam um caminhar claro do individuo para a bi-sexualidade, e isto porquê? Bem, vou deixar o tema em aberto, é deveras complexo para hoje.... mas será que buscamos de parte a parte, alguém que nos aceite, com quem nos entendemos? Será? Não sei... sou uma aprendiz, mas gosto de ouvir diversas teorias, quem sabe chegue a uma minha, característica minha.
:)

Quanto a mim, é a comunicar que as pessoas se entendem... e pronto, lá vou eu para outro tema... falta capacidade de comunicação... e defino comunicar como saber falar, saber ouvir, respeitar e conviver com ideias diferentes... e isto começa mal logo na educação que temos, na educação que ainda continuamos a dar ás crianças... lembrei-me agora de um texto que escrevi sobre este tema, em que a grande parte das pessoas foge de assuntos polémicos, porque normalmente as partes não se respeitam, n há a tal aceitação por ideias diferentes, saber-mos ouvir ideias diferentes das nossas, mesmo que não concordemos, não desatar-mos a insultar e acusar os outros por isso.

E é então que mais uma vez volto a referir, seria muito interessante, termos na escola uma hora ou duas por semana, em todos os anos lectivos, para os alunos discutirem temas polémicos da actualidade, da nossa sociedade... não só estamos a preparar as crianças para serem adultos mais aptos ás diferentes ideias e formas de estar, portanto criando o habito de saber comunicar, como estaremos a promover cidadãos mais preocupados com o seu meio envolvente assim como, acredito, estaremos a oferecer-lhes mecanismos para estes virem a ser pessoas mais felizes, porque é a falar que nos entendemos, a nós e aos outros!

Su. disse...

Naela,

Estou em verdadeira sintonia com as tuas palavras, resumiste o tema lindamente como sempre.

A tua sensibilidade e inteligência são características que te tornam um ser humano excepcional, onde quer que estejas faz disso um orgulho, pessoas como tu fazem a diferença.

Beijão linda.

Su. disse...

Patti, sabes, é tão bom sentir que me conheces, soube mesmo bem o teu comentário...

:)

Beijo amiga.

Su. disse...

Clic, para um bom entendedor "ta tudo dito"!


:)

Su. disse...

Yu,

Essencialmente, somos todos diferentes todos iguais... importante é saber-mos reflectir sobre tudo um pouco com alguma tranquilidade e se possível imparcialidade, chegar-mos como indivíduos singulares e sociais que somos ás nossas conclusões, mesmo depois de ouvir o maior dos filósofos... é ai que crescemos como seres pensantes.

Também acho o texto excepcional, também o li mais do que uma vez, também tive algumas duvidas... sinceramente acho que temos que ser sensatos o suficiente para saber-mos que cada caso é um caso, e que todas as ideias podem ser mutáveis.

Sabes, apenas uma observação, cheguei ultimamente á conclusão que aos 20 anos tinha verdades absolutas, certezas inquestionáveis, era adulta e pronto..., sim tenho um alter ego... no entanto, aos 35, descobri que não paço de uma aprendiz, e todos os dias aprendo, e pouco sei, e tudo muda, até a minha filha com 5 anos me ensina factos importantíssimos para o meu crescimento como pessoa, acredita.

Enfim, acredito no meio termo e no auto-conhecimento como base para ser-mos melhores pessoas, para sermos e fazer-mos alguém feliz. E isto hoje, pq amanha se me apetecer viro radical, bato no extremo, dou uma dentada em alguém e pronto, sem stress...

:)

Abração Yu, gosto de te ter por aqui!

Su. disse...

Ve,

Pois, eu imagino que me entendas, não sei pq mas estáva claro!

:)

Divulga sim, é preciso mudar, comecemos por algum lado.

Eu como mãe já comecei a fazer a diferença, acredito mesmo que muita da mudança começa na educaçao que damos em casa aos miudos.

Beijo

Su. disse...

Diogo, caríssimo, como te deste aqui ao trabalho de nos ofereceres tantos comentários, alguns como direi, enfim... dedico todas as minhas anteriores respostas tb a ti.

Paz homem!

Lídia Marques disse...

Finalmente encontrei um texto que na minha opinião mostra que a chave do entendimento é simples: respeito. Concordo plenamente que só pode dar certo quando dois inteiros se encontram. Não é necessário que sejam dois inteiros perfeitos, eles terão naturalmente todos os seus defeitos, mas terão "integridade" para não sugar o outro como um gentil vampiro. Terão integridade suficiente para respeitar o gosto e opinião do outro, sem esperar que a mesma seja necessária para preencher sua metade. Na minha opinião a maior causa dos problemas nos relacionamentos se resume nesta linda frase que li um dia desses num blog qualquer: "Amar alguém é trazê-lo ao teu nível existencial, é cuidar dele como cuidaria de ti mesmo". Portanto se não fizéssemos com os outros o que não gostaríamos que fizessem connosco, já haveria uma grande chance de dar certo.