sexta-feira, fevereiro 26, 2010

a minha chuva

Choram torrentes de agua lá fora e sinto que a minha terra de algum modo chora como eu, temos isso em comum… um pranto tempestivo e de curta duração… depois, logo depois, aparece o sol, arregaça qualquer sorriso e ajuda a aquecer a agua que ficou dentro.

Guardo sempre um pouquinho de chuva em mim, para não deixar de saber quem sou.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Pancas...,

... um dia estabeleço uma meta, conhecer pelo menos uma pessoa por mês... sim, é algo que realmente eu gostava de conseguir fazer... claro que não são todas as pessoas que me inspiram... o estranho, é que ás vezes sinto muito mais vontade de conhecer aquela pessoa com quem não fui com a cara, que me irritou por este ou por aquele motivo... enfim, é definitivamente uma panca minha, mais uma apenas que resolvi registar...
Bem... é isto e andar neste brinquedo.
Sim, estou com pouco para fazer hoje! :)

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Aula de desenho


Estou lá onde me invento e me faço: De giz é meu traço. De aço, o papel. Esboço uma face a régua e compasso: É falsa. Desfaço o que fiz. Retraço o retrato. Evoco o abstrato Faço da sombra minha raiz. Farta de mim, afasto-me e constato: na arte ou na vida, em carne, osso, lápis ou giz onde estou não é sempre e o que sou é por um triz.

Maria Ester Maciel

sábado, fevereiro 06, 2010

vicio

Todos nós temos um vício e quando não temos procuramos por um e quando não o encontramos falta-nos alguma coisa que não sabemos ao certo o que é… é exactamente nesse preciso momento, ao sentir essa falta, que agarramos um vicio qualquer… sim, acho que todos nós temos que invariavelmente nos agarrar a algum tipo de vicio, a curiosidade do salto no precipício, cada um com a sua droga… e drogas não se discutem porque não há qualquer tipo de racionalidade nelas, como se o uso dessa irracionalidade nos servisse para nos suster em cima dos saltos altos da nossa razão, sim porque viver na razão é como viver nas alturas, exige muito equilíbrio e um q de vontade.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

O2

Faz um ano que a minha vida profissional deu o pino,
faz um ano que a custo virei a mesa, virei os dias, virei o percurso,
mudei de estrada e deparei-me com mil e uma barreiras,
faz um ano que tanta coisa mudou que perdi a noção do tempo… dos dias maus, dos dias bons… hoje parei, olhei por segundos para traz e de repente senti que tudo valeu a pena, ás vezes a mudança mesmo que assustadora é inevitável e lançarmo-nos para o desconhecido é um acto cheio de glória, nem que seja porque por lá temos sempre a possibilidade de nos voltarmos a reencontrar, não há nada pior que nos perder-mos de nós próprios, mesmo que essa perda tenha sido originada pela perde de outros que tanto amamos.