Le Meme

Le meme… porque, mais vale tarde do que nunca e a Alexia merece, e claro, perdoa-me a falta de jeito e oportunidade, cumplicidades de gajas! ;)

Le meme… n fazia ideia do k s tratava…, aqui em casa o “Gene Egoísta” n passou de sombra na mesa de cabeceira do macho da família… e isto aconteceu não por esquecimento, mas por opção perfeitamente consciente, passei-me logo naquela parte em que ele me conta, entre um beijo e outro paragrafo e outro beijo,
-opá(!), afinal casei contigo só para copular e expandir os meus genes, egoístas, querida! Não passamos de macacos evoluídos e egocêntricos!
-Como? Desculpa? Aaarrrr

Le meme, cerne do texto, cheguei á conclusão que apesar de rebelde (sim rebelde, n revolucionaria! Pq sou da geração comodista, apesar de aquariana pura, quero é amor, paz e liberdade, blablabla, será(?), vou parar antes que me torne repetitiva!) sou feita de memes, mesmo que deliberadamente alterados, afinal, comigo nada é estático e imutável, tudo tem uma espécie de movimento, a dinâmica está-me impregnada no DNA.

AH! Sim, sou sem duvida um sequência evolutiva de memes, resmas deles! Cruzes são tantos!… MAS, não pq aderi sem questionar a ideias preconcebidas, frases feitas, regras idiotas, nop, sou avessa a isso, alias, criei desde muito cedo a minha própria filosofia, a minha religião, tenho esta mania inata, (q as vezes me lixa), de fazer questão em entender o q se passa á minha volta, e ser tremendamente eu, custe a quem custar, (custe-me o que custar!) dissecando o meme que tiver q ser… ah, mas sim, alguém me deu um dia essa liberdade de pensar, depois de a conquistar!... e, paro, penso no “cerne” e admito que, sou definitivamente o produto de muitas influencias, algumas culturas, misturas, situações, pessoas, crenças, dogmas, preconceitos, tabus, religiões,..., que mesmo ao passarem por mim e acabarem por ter sequelas profundas, o meu cunho, a minha paixão e tesão,..., levam-me ou elevam-me a ser quem sou,… nota, raramente me deixei levar pelo efeito de manada... alias, sempre tive alguma dificuldade em adaptar-me a isso, compreender essa atitude, ou falta de atitude enfim... humanos!

Le meme... claro, que não poderia falar de propagação da informação como um virus,..., sem referir a base de todos os "meus" memes, de onde me vem a sustentabilidade, as capacidades, a teimosia, a luta, a força, a sensibilidade, as tendencias, a língua, a cultura, esta capacidade de gostar de arte em tudo e senti-la na pele, e mergulhar nela… nasci numa familia de gente inteligente, apaixonada, amiga, integra, honesta, com livros espalhados pela casa, onde a informação fluía, e a musica dos anos 70 reinava, e dançava-se descalço, e comia-se da melhor das comidas que alguma vez comi numa epoca de n haver nada, e as festas de anos eram trabalhadas ao pormenor, tudo era um detalhe cheio de importancia, onde se aderia ao melhor que surgia em novas tecnologias, e os quadros nas paredes eram feitos por nós, e desde os meus três anos comia de garfo e faca, pq sim, e a mesa sempre a rigor, tudo muito limpo, tudo nos seus perfeitos lugares, e o bom gosto reinava, ámen á elegância, e a luta, a luta pela conquista, pela sobrevivencia, pelo sonho...,a minha mãe era definitivamente uma perfeccionista, mulher bonita, inteligente, trabalhadora, sensível, decidida e sempre muito feminina, o meu pai pessoa pratica, amiga, amante da natureza e de tudo que voasse, cumplice e cheio de humor cortante, um eterno apaixonado, a dupla perfeita… hoje sou um produto, tenho gravada tal noção em mim, contudo n sou defenitivamente igual, pq o perfeccionismo criou-me uma espécie de claustrofobia, sou um produto com nome e personalidade própria, ah sim, sou definitivamente a continuidade dos meus pais, aprendi muito com eles, do exemplo das suas vidas, da sua luta, da sua nobreza de estar, e ética em coexistir com os outros, fui feita de liberdade numa terra em guerra, orgulho-me muito deles, e todos os dias, me lembro que tudo o que sou, tudo o que me tornei foi porque um dia eles me souberam passar o seu saber e forma de estar… mas, muitas mais foram as pessoas e momentos que me marcaram, lembro-me de discutir religião com a minha avó desde os meus 10 anos de idade, enquanto comia mangas verdes com sal no quintal, e aprender a gostar de esgrima com o meu primo Paulo, companheiro de todas as cumplicidades, de inventar brincadeiras doidas de guerras com bonecas com o meu irmão, de nadar de madrugada até ao por do sol e aprender a respeitar a terra, de ser capaz de mover montanhas com a palavra pq n devemos ter medo de falar, de não gostar de bacalhau e de comer xima com as mãos ás escondidas, de ter amigos de todas as cores, de ultrapassar limites por pura curiosidade, de amar e ser amada perdidamente… aprendi, errei, ensinei, revolucionei, inventei... acredito que muita coisa muda de pessoa para pessoa, afinal somos todos diferentes, mas mesmo alterando conceitos, mesmo moldando atitudes, muito ficou talhado em mim, e se tudo correr bem, passarei os melhores dos memes aos meus filhos, pq cruzes, somos todos uma torrente de memes, e enquanto eles existirem é porque comunicamos, pq nos respeitamos, apesar de seres egoístas, mas pensantes que somos.

O meu meme para hoje:
Sou de todas as cores, de todos os cantos, não sou da terra, sou do mundo, sou de quem me amar.

Beijos baralhados, hoje to confusa!

:)

Ah!

E para não quebrar o fio á corrente,

envio este "desafio", aos seguintes blogs:

Floating

125Azul

Serendipities

Nue

Diário de um sociologo

Marlarida

Lapis-Exilis

e quem mais queira aderir á coisa!

Aguardo...

:)

In wikipédia:

"Um meme, termo cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller controverso O Gene Egoísta, é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima. É considerado como uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros) e outros locais de armazenamento ou cérebros. No que respeita à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser ideias ou partes de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.
Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos."