domingo, novembro 30, 2008

Ser ou não ser.... NÃO SER.


No outro dia disseram-me que sou snob... primeiro não gosto do termo, e quando me aparece, encaminho-o directo para definições como arrogância, altivez,... e quem realmente me conhece sabe o quanto eu não tenho nada a ver com tal definição.

Acho incrível que as pessoas exijam aquele constante sorrisinho simpático, que não sei como algumas pessoas o vestem a todas as horas... tretas, nem os monges o têm.

Não, não sou snob, desculpa mas isso revela um total desconhecimento da minha pessoa, apenas não me dou ao trabalho de te alegrar o ego com o meu sorriso de mentirinha, se o faço é porque realmente mereces ou me apetece, e pronto.

Eu na realidade não tenho uma expressão simpática, e acho que isso já nasce com as pessoas, pq me lembro do meu pai dizer que desde bebé eu tinha cara de policia, adorava fixar as pessoas e ficar ali mto séria a observa-las... e pronto, nasci assim, n é adquirido, a snobisse para mim é coisa adquirida, coisa de gente pretensiosa, com a mania da superioridade, não sou disso, pelo contrario, detesto descriminação do que quer que seja, infelizmente não consigo gostar de todos, nunca fui de tentar agradar a gregos e troianos.

Sim sou séria, sempre o fui, não sou altiva, ou arrogante, simplesmente sou introspectiva, na maior parte das vezes estou no meu canto, noutro planeta, na lua, nem me apercebo da minha expressão, fico centrada a pensar na crise mundial de alimentação, no buraco de ozono, na politica externa, na varicela, na força da gravidade, nas acácias em flor... estou séria, e nem sempre me apetece sentar num café a falar de cosméticos, na marca do carro novo do vizinho, das ultimas novidades da revista gente, eu nem sei como raio aquela droga vende, e depois eu é que sou snob?

Estão a gozar comigo!!!

Ao menos quando rio, rio com vontade e as vezes rio até de mais, em situações que nem deveria rir... pois, mas a gargalhada já é de mau tom, normalmente não é muito elegante, e quando é com muita vontade tende a revelar falta de compostura, ora por favorrrr... para quem me conhece sabe que tenho até um humor mto próprio, não, não é para todos, mas se o fosse, tb qual era a lógica?

Mas afinal quem tem vontade de sorrir o dia todo!!? Mas isso tem alguma piada? Qual é a piada?

Estou chateada, e dai, qual é o problema? às vezes estou e pronto... quando me apetecer rir eu rio, e caso mereças sorrio, sempre, é até um prazer!


Um dia ainda escrevo um livro... como ser bem sucedido na vida e não deixar de ser gente.

sexta-feira, novembro 28, 2008

STOP



Hoje, vou fazer uma pausa aqui nos ares deste blog,

e simplesmente escrever,

sinto-me estupidamente feliz,

finalmente

vou aprender a tocar bongos!
YES!














terça-feira, novembro 25, 2008

ps:


Cozinhar não é uma técnica, não é uma arte, é essencialmente amor.


Não sei onde ouvi isto, mas publico em forma de beijo e acredito!
Tu tenta morder....
:)

quinta-feira, novembro 20, 2008

1/4 de laranja...

Foto de Raul Alexandre
Tudo é mistério fundo de flor e agonias. Eu me preparei para receber a primavera e caminhei pela cidade com frio, braços cruzados... eu tinha apenas a mim mesma para abraçar. E na expectativa de flores nascendo subitamente pelos caminhos, só consegui perceber o espreguiçar de uma tristeza adormecida. Mas nada machucava, apenas doía: uma tristeza se impunha saudável naquele guache laranja do entardecer. A melancolia mais bonita. E uma dor quentinha como um raio de sol que cega a alegria para iluminar outras inspirações.Eu me preparei para a chegada de uma determinada primavera semântica, mas só conseguia lembrar do meu poeminho antigo: Quando setembro flor-ido, primavirá o verão.
Marla de Queiroz


Um blog que reflecte o que de melhor temos em nós, o que de melhor há na poesia.
E ler a Marla hoje, fez-me lembrar como é bom te ter amor, bem pertinho de mim.

Beijo florido, vou nadar!



sábado, novembro 15, 2008

E se Obama fosse africano?



Por Mia Couto,


Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.

Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.

Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.

Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).

5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.

Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.

A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.

Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.

No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.

Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.


sexta-feira, novembro 14, 2008

segunda-feira, novembro 10, 2008

Entardeceres...

Do quarto,

o sol desce,

a lua fica,

o nado que traz o som.

A cor inverte.

As estrelas,

não se mostram ainda.

A outra face do ritmo,

alguma paz.

Ouvem-se vozes,

no longe ficam.

Dormem os sentidos,

afagam-se gestos.


eu, 1999
(Praia da ponta do Ouro-foto de autor desconhecido)

quinta-feira, novembro 06, 2008

mamma mia... here I go again...

Mamma mia, here I go again

My my, how can I resist you

Mamma mia, does it show again

My my, just how much I've missed you

Yes, I've been brokenhearted

Blue since the day we parted

Why, why did I ever let you go

Mamma mia, now I really know

My my, I could never let you go


...

A critica não foi boa... contudo para mim o filme atingiu o seu objectivo, um filme bem disposto, com actores bons a fazerem palhaçadas e a cantar descontraidamente, provando mais uma vez, que a minha óptica de que se todos cantasse-mos mais seríamos mais felizes, afinal quem canta seus males espanta!

Sim, o filme está um must(!), sai de lá pronta para dançar e cantar e me apaixonar pela vida, mesmo que ela já me tenha tirado tanto.

Que bom seria termos mais filmes destes, com pouca qualidade como lhes intitulam, mas despretensiosos e cheios de boa disposição.

As pessoas andam tão comprimidas, tão preocupadas com o seu status e o seu ar muito elegante, que “desaprenderam” dos princípios básicos para se ser feliz...

Eu estou-me nas tintas para quem me chama de infantil, estou-me nas tintas que rir á gargalhada não seja de bom tom, estou-me nas tintas se andar de chinelo é feio, nas tintas para que me chamem de louca qd danço, um dia destes ainda viro consultora de senhoras que não sabem rir e curtir a vida.

Beijão bem disposto!

Mamma mia, here I go again...
(a musica de hoje, claro...)

quarta-feira, novembro 05, 2008

Vitória

... vitória a todos aqueles que acreditam na mudança pela paz, que acreditam na justiça, e união... hoje foi realmente um dia histórico, e eu apesar de não ser americana torci por ele, pela inteligencia que demonstra, pelo bom senso do seu texto, pela atitude humilde que aparenta que o torna muito superior a tantos politicos por ai andam.

È certo que a megalo-campanha á volta deste senhor foi dirigida a um publico que precisáva de ouvir estas palavras, e tudo foi arquitectado ao pormenor como ha muito tempo não se via, no entanto, não lhe retiro a superioridade apresentada peranto o outro candidato, e porque esta presidencia acaba por comandar o mundo, aguardo ansiosa.

Uma coisa é certa, a união é sem duvida o que de mais importante nos falta (a todos os niveis e em varias matérias), e aquele ultimo discurso foi fabuloso, por muito mau tempo que se avizinhe, a união faz a força, e quanto a mim a arrogancia e mania de superioridade dos americanos foi sempre um problema que acabou por nos afectar a todos.

Há homens realmente com carisma, espero que ele tenha força suficiente para aguentar um barco tao pesado, com uma herança tão cheia de buracos, com tanto vento contrario e forças ocultas!

Eu que sou agnóstica da-me até vontade de rezar...










terça-feira, novembro 04, 2008

B U... dance.


Vem como és, como foste, como queres ser,
como eu te quero...
como um amigo,
como um irmão,
como a pessoa...
vem,
demora o tempo que for preciso,
vem logo,
respira,
mas vem como quer que estejas,
triste ou feliz, eufórico ou parado,
quando eu me lembrar de ti,
quero-te na minha memória em bruto,
sem reticencias,
ando cansada de mascaras,
da frieza
dos escudos...
nos dias de hoje o Carnaval parece ser uma fé, entra em qualquer manual de sobrevivência.
Vem como és.
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(texto adaptado de uma musica que um dia ouvi, hoje tudo me lembra o teu sorriso...)
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Nota: para aqueles que acham que os meus textos, têm falta de paragrafos ou pontuação... quero que saibam que faço-o conscientemente, os espaços e a pontuação definem exactamente o meu ritmo ao escrever, sim, o meu texto é definitivamente o meu ritmo.

segunda-feira, novembro 03, 2008

She´s crazy like a fool...

http//www.youtube.com/watch?v=-Fpcz92aPdQ
(a musica de hoje)
. . .. ...:::::::: :E de repente fez-se-me luz...

Então dizia já não sei há quanto tempo a traz: eu nunca me dei a vícios, apesar de ter experimentado alguns, como não poderia deixar de faze-lo... a verdade(?), a Internet “agarrou-me”, é certo que não sou de assinar o ponto, mas afinal já ando nestas lides á 4 anos e a minha aversão ao vicio obrigou-me a tirar umas férias.

Voltei.

Mas porque raio estou eu a escrever uma introdução destas? Não foi assim que previ o meu momento de volta ao “bairro”(!), (como lhe chama a PATII), aah sim, previ um texto fenomenal, uma lufada de palavras em ciclone com musica de fundo de arremesso... nop, nada disso, nada de intempéries sem sentido, neste momento só penso no meu marasmo cheio de pedras, uma a traz da outra, lentas e pesadas, cheguei e ponderar pintar este espaço de cinzento, a minha rua com pedrinhas sem brilhantes... estranho, tpm(?), depressão dos trópicos(?), esgotamento amoroso(?), desilusão profissional(?), desmotivação de fim de ano, crise mundial, ansiedade politica,... não sei o que se passa comigo, tenho andado realmente envolta em energias pouco positivas, e pronto, foi assim que desisti de lutar contra o vicio, voltei!



Conclusão: vocês fazem-me falta!
:)






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Beijo de saudades.