segunda-feira, abril 24, 2006

Marlarida

A sorrir, e de coração feliz continuo a ler e reler e ler a tua carta… brinco com os sons, salto descalça na areia, e nua de mim volto a sorrir… engraçado este poder que tens… esta doçura representada num gesto tão despretensioso de existir pelo custo do nada em troca… são leves as tuas sílabas, tão cheias de sons e flores e deliciosos desconhecidos odores… fazem-me querer o aconchego de um café, o gesto de um bolo de laranja, conversas de varanda, passeios numa praia de Inverno, e mimos, e colo e um abraço apertado q só amigos sabem dar… que sentir doido, fico meia perdida, sem saber para onde olho, achando que não deveria estar nesta secretária nem neste local a escrever…não quero estar aqui, quero um jardim, cheio de verde, um papel em branco e num jogo de tintas amenas, com a calma da brisa de um olhar, elevar-me daqui… correr para me apaixonar pela vida, pela liberdade das borboletas… e saltar sobre as cores pintando com estas mãos que escrevo, uma aguarela só para ti.

E paro… e deixo-me dizer-te que tenho uma vida bonita, apesar de alguma dor, sei rir também com o corpo todo e chorar como criança das mais simples emoções, existo toda á flor da pele, que de ser tão branca me obriga a querer sempre sol, amarelo que não cansa, que me faz andar de mochila quando viajo por mil ruas do nosso mundo, me fascina e me dá ganas de correr para as “cavalitas” de alguém de doces olhos grandes da cor de chocolate, amargos são os dias sem som, porque não me vejo sem musica, de todas as idades, porque adoro histórias passadas de hoje de qualquer lugar, respeito o mar, o que de profundo temos, e mais que isto só ter um filho que nos tira e nos dá, e mais que isto tudo o que se perde ganha-se, porque dEus está em nós, e somos iguais, não preciso de uma grande palácio cheio de ouro para sentir paz, rezo a mim, e aos homens que se acham maiores viro-lhes as costas, nasci menina mas com jeito bravo e selvagem dos guerreiros da floresta, sou o eterno grito do que está errado e amo o beijo e esse olhar, amo gente e não paro de amar, como a agua que me rodeia e me acrescenta ar.

Fala-me sempre, conta-me uma história de outro mar, amar.

4 comentários:

Marla de Queiroz disse...

Agora sim, o texto está no lugar certo...finalmente consegui publicar lá,qd puder dá uma olhada...
Tbm adoro como escreves...
Bjs!

Jana disse...

Su!! Que lindo! Seu blog está cada dia melhor! Maravilhosa esta poesia, me fez sonhar, mesmo em meio às minhas desilusoes.
Obrigada por todo o seu apoio e pelas suas palavras de carinho.
Hoje passei o dia contigo, sabia?
(Virtualmente falando!).

Beijao!!!

Su. disse...

to a ficar viciada... este gosto de escrever vem de longe, mas está perto, chega devagar e fica dentro.

:)

Olá! é um prazer conhecer-te!

Marla de Queiroz disse...

Linda, linda.......Vc sempre nos assalta com uma delicadeza...

Mutio bom compartilhar este planeta com vc.